"E os Nordestes? Não param de movimentar mundos; Tornaram fortes suas palavras/histórias. Nordestizaram-se todxs. Contemporaneidade sustentada de tradições."
"A condição 'é' (está) essa; corpo num movimento espaço temporal, construindo 'outras' maneiras; entendimentos. Transformações que configuram como 'somos' (estamos) agora."
A performance 'Cut Piece' apresenta uma mulher trajada de
preto, sentada num palco, com olhar sereno e distante, tendo uma tesoura ao
lado. Enquanto pessoas interagem, utilizando a tesoura para cortar pedaços de
sua roupa, até despi-la.
A princípio, a ação nos remete a violência contra a mulher,
tema polêmico e amplamente debatido no mundo. Já que, pedaços do seu traje seus
retirados e levados pelos espectadores de forma totalmente invasiva. A placidez
que a artista transmite na cena, nos faz pensar no silêncio da maioria das
mulheres que sofrem agressões diversas deixando perpetuar o discurso machista
por gerações. Discurso o qual coloca a mulher em situação de subserviência e
inferioridade diante do homem.
Refletindo sobre o contexto a qual a artista estava
inserida, integrante do Fluxus, movimento artístico que tinha um
comprometimento em causar reflexões a respeito da situação política e cultural
do mundo. Podemos analisar a obra como um manifesto contra a violência, as
guerras e invasões que sucederam após a segunda guerra mundial.
'Flor do Mangue'. Frans Krajberg.
O artista transmite com a obra a necessidade de
conscientizar a população a respeito da preservação da natureza (meio
ambiente). Uma espécie de Arte denúncia, convidando o público a profundas
reflexões.
Apropria-se de resíduos das árvores de manguezais (no caso
da obra analisada) como matéria-prima, do espaço a que pertencia esses
'resíduos' e do nome da matéria (natural) utilizada, no caso 'Flor do
Mangue'. Provocando o espectador a pensar sobre a agressão a que o ambiente
esta sendo submetido, a 'reutilização' dos materiais, criando analogias
com/entre natureza/homem.